24 de setembro de 2021

A Mulher Ruiva

A Mulher Ruiva
Kirmizi Saçli Kdin/The Red-Haired Woman. Orhan Pamuk. Trad. Luciano Vieira Machado. São Paulo. Cia. das Letras. 2020. 294 páginas. 

Sinopse:
Um jovem em busca de uma figura paterna encontra em um cavador de poços um afeto imprevisto. Contudo, o desejo e o medo do desconhecido fazem com que o protagonista Cem Çelik tome uma atitude completamente inesperada que mudará para sempre o rumo de sua vida.

Ponderação:
Talvez, por ser uma segunda tradução, a primeira foi ao inglês, tenha se perdido um pouco o teor das lendas. Metalinguagem? A vida de Cem está em busca do seu 'Pai'. Édipo e Shahnameh são personagens encontrados em livros que foram fundamentais nas culturas de suas origins: Grécia ou Ocidente e Pérsia ou Oriente. Como julgar ou interpretar a questão ética? Será mesmo que ambos foram joguetes da vida política e alimentaram a inveja dos inimigos? Serão as  consequências o nível do  desajuste familiar - a ausência paterna? A descoberta da real verdade poderá ser uma catástrofe? As mulheres podem ser censuradas por alimentar o ódio do filho contra o pai? O mito imita a vida ou a vida imita o mito? De qualquer maneira o tema central do livro é a ausência paterna e filial; ausência de cumplicidade afetiva geracional.


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