Os sonhadores

Os Sonhadores

The Dreamers. Karen Thompson Walker. Trad. Renato Marques. Rio de Janeiro. Alfaguara. 2020. 331 páginas

Sinopse:

Uma pacta cidade nos Estados Unidos é transformada por uma misteriosa doença. Seus habitantes caem aos poucos em um sono profundo, perpétuo, e os que continuam despertos precisam aprender a seguir com a vida e a sobreviver - sem saber se irão acordar no dia seguinte.

Ponderação:

Cinema e livro possuem linguagens diferentes, enquanto o primeiro apodera-se da imagem visual imediata - belo/feio -. O segundo instiga-nos ao processo imaginativo conceitual de cada palavra/letra lida.

Aqueles filmes catástrofes onde o iniciar calmo, um signo observado por um ser humano ou comportamento estranho dos animais, mas não observado no coletivo. Quando esse coletivo, finalmente, tem consciência dos acontecimentos é tarde demais. O desastre por fim acontece.

O exposto acima, configura o nosso sentimento ao finalizar a leitura. Espalhou-se um vírus do sono/sonho. É contagioso. Da mesmo jeito que veio! Foi! A  única pista é Nathaniel e Henry. Em qual mundo vivemos? - Acordados ou Dormindo -. Nós mesmos não prestamos atenção ao que acontece conosco em sonhos. Podemos confiar neles? Serão um aviso? Como no caso da  biblioteca! Ou alucinação? Como no caso de Rebeca! Desejo  de um  final feliz? Caso  de Nathaniel? Não há uma separação entre o real e o devaneio.  Mei Liu e Matthew, ela caloura, profundamente humana, ele um rebelde sem causa e rico, desprovido de qualquer sentimento de solidariedade amorosa e, isto é, é capaz de deixar para trás a pessoa amada e salvar, só, a si próprio.