21 de setembro de 2020

Vozes de Tchernóbil

Vozes de Tchernóbil: A história oral do desastre nuclear
Svetlana Aleksiévitch. Trad. do russo por Sonia Branco. São Paulo. Companhia das Letras. 2016. 384 páginas.

Sinopse / Ponderação:
O subtítulo já diz a respeito da Sinopse. São Relatos dos Sobreviventes, entre eles, estamos nós, que assistimos a tudo de longe.
Já lemos "826 notas de Amor para Emma" de Garth Callaghan (post de 25/02/2018), em um momento, o autor narra sua vida de estudante de intercambio, na Alemanha, justo na época do acidente. Lá, no livro, ele relata o problema de câncer e seu problema (doença).
Hoje, em meio as divergentes opiniões, mesmo, do fato de aparentar ser algo semelhante ao ocorrido com a 'Gripe Espanhola' de 1918-1919. Assustador é a narrativa de Nota Histórica com a informação a respeito do sarcófago. Estaria vazando radioatividade? O vento não respeita fronteiras.
A tradução em português e no espanhol (lido na forma digital) traduzem bem esse aspecto da questão. O que será mesmo o Coronavírus?
No capítulo, Entrevista com a autora, há uma frase interessante: - "Ha cambiado la imagen del enemigo." Tudo que conhecemos sobre guerra, porém vivemos um período parecido ao de 1918-19, a face do inimigo, qual era e é? Não sabemos com quem estamos disputando espaço.
As vozes não são propriamente sobre o acidente nuclear, há uma mistura  macabra de relatos envolvendo a Segunda Guerra e as Guerras regionais, dos anos 1990, das Repúblicas Soviéticas e seu desmoronamento, aliado ao poder destrutivo a longo prazo do césio. São vozes humanas traumatizadas, que perderam o fio condutor da esperança de uma vida confortável. São vozes a espera do ponto final.   
Não é uma leitura rápida. Ela é complexa! Exige conhecimento histórico-teórico, envolto em leitura sobre os fatos relatados; e, contemporâneos, aqueles, perto ou longe vivenciaram os fatos. Há pequenas notas feita pelos tradutores em casos específicos.
Diferentemente do que pensa Kátia P, os livros sim, nos  dão respostas, porém os que ela lia, trazia a falsa realidade de uma ideologia política centralizada.
Desde a Primeira Guerra Mundial, é possível indagar, passando por Hiroshima, Coréia e Vietnã, somados aos famosos testes nucleares, sobre o aparecimento de doenças não curáveis assolando a humanidade.



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