21 de dezembro de 2018

Vitória

Vitória
Joseph Conrad (1857 - 1924). Trad. Hilton Lima. Porto Alegre. TAG / Dublinense. 2016. 400 páginas. [Posfácio de John Gray]

Sinopse:
Joseph Conrad é um escritor singular na língua inglesa. O estilo único é resultado de sua formação poliglota e multicultural: Conrad nasceu na Polônia, foi educado em polonês e em francês, além de ter estudado latim, mas escolheu o inglês para escrever, idioma que só foi aprender aos vinte e um anos. Isso lhe confere um manejo incomum da língua, pois sua prosa evidencia a cadência latina. Suas frases ondulantes criam um ritmo nunca antes visto, selvagem e – ainda assim – sofisticado.
Vitória foi finalizado em maio de 1914, mas publicado apenas no ano seguinte, já em meio à Primeira Guerra Mundial. O livro traz temas recorrentes na obra de Conrad, como a solidão, a inconformidade com o mundo, o conflito entre o mal e a esperança. Seu protagonista, Axel Heyst, instala-se em uma ilha no sul asiático, em total isolamento, após um fracasso comercial que não abala sua aceitação resignada do destino. Mas a aparição de uma jovem musicista desperta nele um instinto de proteção que o levara a uma crise de identidade, e mais tarde, ao enfrentamento de grandes perigos.

Ponderação:
Psicologia. Convicções. Críticas sempre haverá. Distanciamento do meio social. A meditação profunda é a grande inimiga da perfeição e, talvez, um hábito pernicioso. Ciência X Magia. Ganância. Riqueza. Pobreza. Colonização. Exploração. Isolamento. Portugueses e sua eterna burocracia. Quando uma inverdade é disseminada, rancor através da falta de conhecimento dos fatos cometidos pela ação corajosa de uma branda atitude de boa fé, convence até um anjo, Schromberg e seu coração. O diálogo entre o Sr. Jones e Heyst é um embate surreal tamanha é sua veracidade. No fundo, a Vitória é para Lena, em sua serenidade e perpétua preocupação com o bem estar de seu salvador.



Nenhum comentário:

Postar um comentário