Como Eu Era Antes de Você
Me Before You. Jojo Moyes. Trad. Beatriz Horta. Rio de Janeiro. Instrínsica. 2013. 320 páginas.
Sinopse:
Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Ponderação:
Ser deficiente não é ser igual ao Quasímodo. Parece que o efeito, de se ter algum familiar/parente ou amigo deficiente, é igual em qualquer parte do planeta. Amor por osmose.
O que temos, aqui, são vidas fechadas em uma redoma de vidro; uma por aceitar a vida como é, simples, sem grandes ambições, ouvindo sobre vidas alheias atrás de um balcão de café e colocada em segundo plano pela pessoa que pensa amar. A outra - rica com possibilidades mil de realizações, encontra-se em um mar de autodestruição. Mas, quando essas vidas abrem uma pequena porta e entre elas surge uma ponte, há uma explosão de valores, sentimentos, egoismo, esperança, desabrochar de conhecimento e capacidade de realização. Há uma mescla de perdas e ganhos: - egoismo - através do suicídio (voluntário/eutanásia) de Will e esperança - desabrochar para a vida em Lou Clark.
Foram seis meses de adrenalina para ambos. A aventura nas Ilhas Maurício não foi suficiente para quebrar o egoismo prepotente de Will em visualizar um raio de esperança na sua recuperação. A história, também, nos permite observar as dificuldades de convivência entre os deficientes - no caso - esse horrendo qualificativo, cadeirante, com o chamado mundo normal.
O desenvolvimento narrativo foi bom, principalmente, quando Katrina, Nathan, Sr. e Srª Traynor apresentam seus olhares na história de Lou Clark.
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