22 de março de 2014

Sonetos do Amor Obscuro

Sonetos do Amor Obscuro e Divã do Tamarit
Sonetos del Amor Oscuro; Divan del Tamarit. Federico García Lorca (1898-1936). Trad.  William Agel de Mello. São Paulo. Media/Folha. 2012. 88 páginas.: Coleção Folha 'Literatura Ibero-Americana'. vol. 2.

Sinopse:
Há poemas-filme, poemas-manifesto, poemas-jogo, poemas-cérebro, poemas-biografia, poemas-música, poemas-pintura, poemas-geladeira, poemas-lista-telefônica, poemas-analgésico, poemas-digestivo, poemas-almofada, poemas-sex-shop, poemas-obituário, poemas-etc. Federico García Lorca (1898-1936) escreveu poemas-poema. Seu lirismo não pede desculpas por ser o que é. No livro que o leitor tem em mãos, estão alguns dos pontos mais altos que essa lírica atingiu, como o atormentado soneto "O Poeta Pede a Seu Amor que lhe Escreva" e o maravilhoso "Gazel do amor imprevisto", em que constam os versos "Mil caballitos persas se dormían/ en la plaza con luna de tu frente" (aqui traduzidos por "Mil cavalinhos persas dormiam/ na praça com luar de tua fronte"), de delicadeza e perfeição incomparáveis. Não sei se a arte pode mudar o mundo. Sei que diante da poesia de Lorca é preciso mudar de vida, texto de Fabrício Corsaletti, Colunista da Revista Sãopaulo, na quarta capa.

Ponderação:
Edição bilíngue – espanhol/português. Sem sombra de dúvida, li em espanhol. Seja o que for, amor, estaria o poeta prevendo o seu fim trágico: Granada é nomeada em três poemas. Teria sido vitima da própria ansiedade?



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