4 de janeiro de 2019

Aviso 20

  • Querido leitor, querida leitora! Ano Novo! Novas Leituras! Leituras que precisavam terminar, pois já o devido tempo, necessário de reflexão da obra, realizadas. Continuando dando vazão às leituras em idioma espanhol. Continuação da proposta de algumas postagens anteriores e pensar em novas. Sempre há um que está chegando pela primeira vez. Portanto: - Não sigo a tendência da moda literária, possuo meus próprios parâmetros de indicação de leitura. Visto que a memória é minha grande aliada nesta empreitada, porque estou postando sobre os livros lidos desde os meus 12 anos. Quer dizer já somam mais de quarenta anos de leitura e as mais recentes. Neste ínterim, ficaria, imensamente, feliz com maior número de comentários, se gostaram dos livros ou do que eu escrevi. Descobri a existência de dois, por um determinado período, passando à três e quatro fãs que não perdem nenhuma postagem; passando a uma variante entre 5 a 30 em alguns dos posts.
  • O descrito em "Ponderação" pode e poderá ser considerado, sim, como uma visão e vivência de leitora comum, a consumidora e devoradora de livros e leituras. Não reflete opiniões pré-definidas de Direção de Redação ou Empresa Editorial. A maioria não estão, propriamente, em estilo jornalístico ou acadêmico. Abrange um rigor peculiar e particular em relação a memória. A leitura contemporânea, atual, virá com maiores ingredientes ou não. Muitas delas são frutos de indicações sugeridas no processo de leitura ou frase mencionada ou que corrobore com algum conceito exposto na convivência diária com outras pessoas.
  • Também, haverá novas informações em algumas postagens antigas, em virtude de uma segunda leitura, uma outra visão, com o amadurecimento do conhecimento das obras literárias ou não.
  • As pequenas surpresas continuam acontecendo. Realmente, sentindo-me bastante Curiosa, pois o livro de Título - Diário da Morte, A Tragédia do Cessna 140 - está sendo visitado. Gostaria de obter informações desses leitores, eles não postaram nenhum comentário. Pergunto-me o que há de tão importante neste livro. A não ser, simplesmente, o relato da eterna burocracia brasileira e paraguaia, o motivo de não chegar a tempo de salvar o piloto com vida. Outro livro, de Título - Aleluia, a Cigana - de Gilda de Abreu vem recebendo mais acessos, mas em comentário foi possível conhecer a fã. Nadja, Obrigada! A cada trimestre, realizo uma verificação uma a uma, sendo os dois títulos mencionados continuarem no posto de Primeiro e segundo lugar. Tivemos a oportunidade de conhecer mais alguns fãs.
  • Até...




29 de dezembro de 2018

Nada

Nada
Nada. Carmen Laforet (1921 - 2004). Trad. Rubia Prates Goldoni. Rio de Janeiro. TAG / Alfaguara. 2018. 279 páginas. [Prefácio de Vargas Llosa]

Sinopse:
Andrea é uma jovem solitária que, depois da Guerra Civil Espanhola, muda-se para Barcelona para morar na casa da avó e cursar a faculdade de Letras. Ela chega à cidade cheia de expectativas, mas a realidade a assusta logo no primeiro dia, ao ter contato com a família. Na faculdade, ela tem poucos conhecidos e vive num clima de falsas aparências, em que as pessoas escondem suas verdadeiras intenções. Em meio a escândalos e intrigas, Andrea terá de aprender a viver e, quem sabe, encontrar a felicidade.

Ponderação:
O sentimento de inadequação e o desamparo sempre. Barcelona após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), também, importante notar, embora a  Espanha tenha ficado neutra, o mundo estava em guerra, temos uma parcela na contribuição dos ânimos dos personagens.  
Andrea chega para morar na casa de sua avó e tinha grandes recordações de um ambiente agradável, para poder estudar Letras. Lá vê tudo mudado e transformado. Tudo em declínio, quer psicológico, financeiro e, até, moral. Há momentos, em que não sabemos definir se Andrea e Román são principais ou não, no confronto do desenrolar da história. No fim, percebe-se que a amizade é um tema muito importante.

Andrea  - Se apresenta como uma pessoa complexada, sempre se comparando com os seus colegas de sala que eram ricos, de fachada. Mesmo na rua, ela se sentia inferior se deparar com outras pessoas. Egoísta.
Román - A raposa vestida de gente. Manipulador. Possui especial prazer em provocar a discórdia na família. Extremamente narcisista. Era tão ruim que todos saíram ganhando com sua morte.
Angústias - A mais de uma hipócrita. A mais dúbia entre todos os  personagens.
Juán -  Pessoa, totalmente, desequilibrada. Aceita tudo de Román, porém gosta de bancar o durão e se vale de violência contra a esposa. 
Glória - Casada com Juán. É descrita pela sua beleza, não é muito inteligente, Uma das poucas pessoas sensatas na casa.
Menino - Filho do casal Glória e Juán. Com certeza será um adulto problemático, com os pais que tem.
Antonia - Empregada da casa. Mais parece a dona da casa, já que ninguém ousa entrar na cozinha,  quando a mesma se encontra. Adora rir da desgraça alheia. Apaixonada por Román.
Trueno - O cão da 'família'
Avó - Uma senhora que adora ver o bom das pessoas.
Ena - Amiga rica e sincera.
Pons - Representa a mesquinhez.


21 de dezembro de 2018

Vitória

Vitória
Joseph Conrad (1857 - 1924). Trad. Hilton Lima. Porto Alegre. TAG / Dublinense. 2016. 400 páginas. [Posfácio de John Gray]

Sinopse:
Joseph Conrad é um escritor singular na língua inglesa. O estilo único é resultado de sua formação poliglota e multicultural: Conrad nasceu na Polônia, foi educado em polonês e em francês, além de ter estudado latim, mas escolheu o inglês para escrever, idioma que só foi aprender aos vinte e um anos. Isso lhe confere um manejo incomum da língua, pois sua prosa evidencia a cadência latina. Suas frases ondulantes criam um ritmo nunca antes visto, selvagem e – ainda assim – sofisticado.
Vitória foi finalizado em maio de 1914, mas publicado apenas no ano seguinte, já em meio à Primeira Guerra Mundial. O livro traz temas recorrentes na obra de Conrad, como a solidão, a inconformidade com o mundo, o conflito entre o mal e a esperança. Seu protagonista, Axel Heyst, instala-se em uma ilha no sul asiático, em total isolamento, após um fracasso comercial que não abala sua aceitação resignada do destino. Mas a aparição de uma jovem musicista desperta nele um instinto de proteção que o levara a uma crise de identidade, e mais tarde, ao enfrentamento de grandes perigos.

Ponderação:
Psicologia. Convicções. Críticas sempre haverá. Distanciamento do meio social. A meditação profunda é a grande inimiga da perfeição e, talvez, um hábito pernicioso. Ciência X Magia. Ganância. Riqueza. Pobreza. Colonização. Exploração. Isolamento. Portugueses e sua eterna burocracia. Quando uma inverdade é disseminada, rancor através da falta de conhecimento dos fatos cometidos pela ação corajosa de uma branda atitude de boa fé, convence até um anjo, Schromberg e seu coração. O diálogo entre o Sr. Jones e Heyst é um embate surreal tamanha é sua veracidade. No fundo, a Vitória é para Lena, em sua serenidade e perpétua preocupação com o bem estar de seu salvador.



19 de novembro de 2018

A Primavera da Pontuação

A Primavera da Pontuação
Vitor Ramil. São Paulo. Cosac Naify. 2014. 114 páginas no formato digital.

Sinopse:
Certa manhã, pinta-se um quadro negro: uma palavra-caminhão, dessas que trafegam ameaçadoramente inclinadas, carregada de letras garrafais, atropela um ponto numa esquina de frases e foge sem ser identificada. Enfurecida, a pontuação se revolta e o quadro político e social de Ponto Alegre se desequilibra. No desenrolar da trama, o Rei que não governa, o Regente com problemas de regência, a Rainha ambiciosa e traiçoeira e a Passiva — polícia secreta do Estado — terão de enfrentar os perigosos radicais Grego e Latino (do grupo terrorista Compostos Eruditos), uma igreja popular recém criada e o descontentamento generalizado que teve início com o atropelamento do pequeno ponto. 
A primavera da pontuação transcorre no mundo da linguagem. Nele, o leitor entrará fascinado para confundir-se com os protagonistas da língua e acompanhar a lógica de suas ações. Ficção científica, farsa e romance pop convergem nessa obra divertida e inteligente, em que a erudição linguística ao mesmo tempo fabula, explica e provoca.

Ponderação:
Emília no País da Gramática no século XXI com tempero político. Porém, faz uma inteligente e humorada fábula dos acontecimentos ocorridos no país desde 2002 até nossa atualidade. Há uma expressão - "Ah! Se eu fosse você" - que não há uma equivalência em outros idiomas, na tentativa de exprimir o que nosso português permite; assim, acreditamos na, possível, não leitura dessa  obra no estrangeiro, justo pela simplicidade linguística adotada pelo autor. nos brindando, maliciosamente, no jogo da conjugação verbal. O uso de vocábulo em desuso nomeando determinado personagem. Todo o universo do Reino Gramatical, trazendo-nos a lembrança de como nos debruçávamos nos estudos linguísticos, enquanto éramos estudantes.

"Mas dizem que Deus escreve certo por linhas tortas."

"É bom ser prudente. O diabo escreve torto por linhas certas."


 

17 de novembro de 2018

A Promessa / A Pane

A Promessa / A Pane
Das versprechen / Die panne. Friedrich Dürrenmatt (1921 - 1990). Trad. Petê Rissatti e Marcelo Rondinelli. São Paulo. Estação Liberdade.  2018. 224 páginas.

Sinopse:
A Promessa, primeiro título deste livro, é uma obra engenhosa, filosófica e paradoxal, que satiriza e reverencia o gênero policial de forma simultânea. Já a novela A Pane revela o brilhantismo de Friedrich Durrenmatt em elaborar debates teóricos ao mesmo tempo que presenteia o leitor com uma história tão cômica quanto original. Em ambas as obras, saltam aos olhos alguns dos temas que tornaram Durrenmatt um dos maiores escritores suíços do século XX: a justiça, o dever moral, a responsabilidade ea a absurda força do acaso.

Ponderação:
Tenho me surpreendido com a leitura de alguns livros, desde a minha decisão de associar-me a TAG - Experiências Literárias; alguns não gostei. A maioria, gostei, outros poucos, adorei. Até nos "Inéditos" trouxe pequenas surpresas.
Porém, esse "A Promessa / A Pane", devidamente, dizer, tratar-se de dois livros distintos em um volume, é mirabolante. Uma hora é metalinguagem dos romances/enredos de história policial. Outro momento entra uma narrativa sem pé e sem cabeça. Problemática real. Há uma crítica às atividades policiais, falhas na condução da investigação. Final esnobe e confuso. O segundo é uma sucessão impagável, um jantar, muita conversa, comida e bebida. Onde a pane chegar, chegou, quem levou a pior?


23 de outubro de 2018

Flores para Algernon

Flores para Algernon
Flowers for Algernon. Daniel Keyes (1927 - 2014). Trad. Luísa Geisler. São Paulo. Aleph. 2018. 288 páginas.

Sinopse:
Aos 32 anos, Charlie trabalha na padaria Donners, ganha 11 dólares por semana e tem 68 de QI. Porém, uma cirurgia revolucionária promete aumentar a sua inteligência, considerada gravemente baixa. O problema? Enxergar o mundo com outros olhos e mente pode trazer sacrifícios para a sua própria realidade. E resta saber se Charlie Gordon está disposto a fazê-los.

Ponderação:
É tudo muito óbvio: Assistir alguns vídeos-resenhas, onde as considerações focadas no enredo e na escrita inicial da narrativa com base na má escrita em português, porém esquecem de ser uma tradução, que acompanhou a má escrita no idioma original, em inglês. Talvez, tenhamos mais conhecimentos do que os atores dos vídeos-blogs. Encontramos uma pequena falha na revisão do texto/tradução, porque a narrativa passa-se no final e início dos anos 1959-1960, não era digitar o relatório e, sim, datilografar o relatório, pois Charlie aprendeu a datilografar e não digitar.
Sim, as pessoas maltratam deficientes, uma verdade cruel, a família tem dificuldade em aceitar e lidar com um deficiente, preconceito familiar/parentes, sim. Mas, ser deficiente inteligente, incomoda mais do que ser, simplesmente, normal. Ser inteligente não lhe garante amigos, na maioria das vezes só inveja, verdade seja dita, traz solidão. Não o faz feliz, foi o oposto, afinal o crescimento intelectual de Charlie não acompanhou o crescimento emocional, isto é: para se ter sucesso na experiência haveria de somar os dois crescimentos e não há uma abordagem científica no experimento realizado, neste quesito. Ficou claro que ignorância é uma benção e, muitas vezes, a inteligência produz pessoas que se sintam superiores e esnobes, isto se a inteligência for só acadêmica, humildade é incomum naqueles que 'acham que sabem muito', há poucos Sócrates - só sei que nada sei - neste mundo.




21 de outubro de 2018

Romeu e Julieta aos 60

Julie & Romeo
RAY, Jeanne. Julie e Romeo = 452 - 574 = 122 páginas, trad. Viviane Gouvêa. in Seleções de Livros da Reader’s Digest, edição 2001.

Sinopse / Ponderação:

O Texto, abaixo, foi publicado, originalmente, em 7/4/2012. No que será desativado: allagumauskas.blog.uol.com.br


O gosto que possuo pela leitura deve ser já questão genética, pois é difícil ficar sem ler pelo menos uma página por dia. Com esse gostar, eu já conquistei amigos, que sabedores desse meu prazer, verificam livros em bazares beneficentes e sebos. Bem, foi o que aconteceu em um.
Minha mãe foi em um destes e adquiriu três volumes, novos e dois ainda, envoltos na embalagem plástica original. Três exemplares da série “Seleções de Livros” da Reader’s Digest, são quatro histórias em cada.
No volume cuja 1ª edição brasileira, de 2001, 576 páginas, contendo quatro histórias de autores consagrados e principiantes. Encadernado em capa dura, na cor verde e sobre capa pratada e colorida, informando conteúdo e outros detalhes da obra.
Julie & Romeo, de Jeanne Ray, quarta e última história deste volume, chamou-me atenção de imediato. Amor e ódio caminham junto de geração a geração, sem explicação, remetendo à famosíssima ‘Romeo e Julieta’ de Shakespeare.
Será que Shakespeare imaginaria a possibilidade de colocar o seu Romeo e sua Julieta, em Boston, final do século XX? Ou na própria Verona, Itália? Difícil, mas há centenas de Julietas e Romeos espalhados pelo mundo, que não tiveram um trágico fim. Melhor, conseguiram viver e foram felizes.
Bom, Julie e Romeo se encontram na faixa etária dos 60 anos. Ambos administram a floricultura familiar de cada um. Romeo, viúvo com seis filhos e com a mãe idosa. Julie, divorciada com duas filhas e dois netos.
Durante anos se odiaram, de repente um encontro casual, percebem que não se odeiam, mas que havia simpatia entre eles. Jantam juntos e vários encontros até que os filhos descobrem.
Os filhos dos dois e o ex-marido de Julie resolvem atrapalhar esse relacionamento, os únicos que estão a favor são Plumy e Tony, filhos de Romeo. Ah! também há o caso de Tony e Sarah, ela filha de Julie, impedidos de se casarem motivado pelo ódio entre as duas famílias.
Mas, nem tudo é guerra para as duas famílias e, finalmente, a paz chega. No aniversário de 90 anos da mãe de Romeo, todos ficam sabendo a verdade. Embora os pais de Julie e Romeo estivessem casados e com filhos, o amor surgiu forte no coração da mãe de Romeo pelo pai de Julie. Por sua vez, o pai de Julie prometeu muita coisa a mãe de Romeo, só que ela cansada de esperar uma ação concreta de seu amor, passou a odiar a família de Julie e vice-versa.
Há duas frases que resumem bem a questão: “A menina do aniversário estava apaixonada pelo meu avô, minha mãe está apaixonada pelo seu pai e minha irmã está apaixonada pelo Tony, aqui.” E “Então a base dessa briga chata e interminável é que três gerações de Cacciamani e Roseman apaixonaram-se uns pelos outros”.